Nem nos transportes temos segurança

Ontem aconteceu-me uma coisa inacreditável. Inacreditável!
Estava eu no metro a fazer a minha viagem para Matosinhos, quando de repente ouvi uns berros vindos do final da carruagem, e alguém disse que estavam à porrada, e uma situação que estava a passar no fim da carruagem depressa se deslocou para o corredor ao lado do meu acento, entrei em pânico, eram uns 7 rapazes contra um, 7 jovens escuros com idades entre os 14 e os 17 contra um homem de 30, com muito mau aspecto. Eu nervosa como sou subi para o acento em frente ao meu, e quando dei por mim estavam 5 dos 7 em pé no acento ao lado onde estava e estavam a tentar bater no homem. E tudo isto se passou enquanto o metro estava em movimento, entre as estações da Sr da Hora e Vasco da Gama. Eu só pedia ao berros para pararem, para saírem dali para me deixarem sair, pois estes tinham me deixado encurralada naquele acento. Nunca tive tanto medo na minha vida, medo de levar porrada sem ter feito nada. Quando o metro parou o homem de trinta anos fugiu, e eu estava tão nervosa, tremia por todos os lados, e comecei a chorar, não consegui controlar, estava aterrorizada. Então o grupo dos jovens saiu do metro e eles eram uns 30, rapazes brancos, negros e raparigas também. Mas resolveram voltar a entrar, visto que um deles que me pareceu ser mais velho, disse que eles não tinham feito nada sem ser defenderem-se. E enquanto eu chorava ele dirigiu-se a mim e pediu desculpa, disseram que não queriam assustar ninguém mas o gajo tinha apontado uma faca a um deles e por isso eles viraram-se todos contra ele. E não conseguia parar de chorar, não conseguia entender como aquilo era possível acontecer enquanto estávamos no metro. Enquanto bebia agua e me tentava acalmar, olhei para o lado de fora, e vi que o gajo que estava todo rebentado, e que supostamente tinha um faca, estava com outro gajo que tirou um faca da mala. Desatei a fugir a chorar, não sei que aconteceu depois, apenas sei que fui a pé a chorar que nem uma perdida, até ao Estádio do mar. E quando cheguei ao recinto da feira da Sr da Hora ouvi o carro da polícia a toda a velocidade a dirigir-se para o local.

Fiquei completamente traumatizada, nunca tinha visto algo assim, nem na televisão. E se o gajo desse uma facada a alguém, foi horrível. Sempre tive orgulho da minha cidade, que não havia violência, sim eu sou do Porto, apesar de viver em Gondomar; sempre senti que vivia numa cidade segura, quando via cenas de porrada era quando saía à noite, quando já estavam bêbados, mas durante o dia , no metro, num transporte publico, com crianças, nunca pensei. Neste momento tenho vergonha de viver no Porto, pois aquela situação parece-me um situação tirada do subway em NY. Não entendo, agora até me sinto algo receosa de entrar no metro novamente, tenho medo que volte a acontecer, e que entre em pânico, como aconteceu ontem.

Nothing else matters.

Tenho tudo que preciso, amigas que me apoiam sempre, alguém que me aqueça o coração. Não preciso de pensar naquilo que fomos, ou podíamos vir a ser. Perdi tempo, paciência, a parte de mim. Porque sempre que alguém entra assim na nossa vida, quando sai leva um pouco de nós. Espero sinceramente que tenhas levado a raiva, o rancor, o desassossego, para poder viver a minha vida da melhor forma, estamos no verão quero aproveitar e ser feliz.

A partir de hoje vou deixar sempre aqui uma frase dedicada a quem está do meu lado:
"No love, no friendship, can cross the path of our destiny without leaving some mark on it forever."

Better times

Desculpem pelo post de antes, estava num momento de fúria, mas como isto é um blog, a ideia é mostrar o que sinto, e eu hoje passei de raiva e rancor a alguma paz interior. É bom saber que temos bons amigos, daqueles que conhecemos à anos e que apesar de todas as discussões estão sempre do nosso lado. Não estou a falar das minhas amigas com quem estou no dia-a-dia, estou a falar daqueles amigos, que não estão comigo todos os dias,mas que estão lá apesar de tudo, que confortam com uma chamada, que apesar de tudo nos amam, mesmo nos momentos maus. Por isso presto homenagem a estes, a um deles especialmente. Não necessito dizer o teu nome, sabes quem és. Sei que vais ler, sei que vais andar de olho nisto, da mesma maneira que andas sempre de olho em tudo que me envolva sempre a ver que se passa na minha vida, para estares preparado para quando, por alguma razão, eu venha pedir o teu apoio. Conheço-te á mais de 5 anos( não sei ao certo os anos), e apesar dos longos períodos sem contacto de alguma forma, é bom saber que nos últimos tempos voltamos ao que éramos, amigos verdadeiros. Por tudo, pelo apoio, pelas palavras amigas, pelos " abanões", pelos sorrisos, pelas conversas em inglês, pelos longas pausas em silêncio, por tudo OBRIGADO!


"A friend is someone who knows the song in your heart, and can sing it back to you when you have forgotten the words." - please don't ever stop singing, I often forget the words.





[ por favor deixa-me um comentário, com o teu nome a dizer o que pensas disto, e espero realmente que também comeces o teu próprio blog . :D
BTW gostava de saber quem foi a pessoa que comentou o meu 1 post, pois não consigo visualizar o perfil, e gostava de saber quem disse aquilo para agradecer.]

The search

Gostava de agradecer às Tri por me apoiarem nesta decisão de começar a escrever, apesar de NÃO gostar de o fazer. Também gostava de pedir desculpa pelos erros de ontem, só mais tarde depois de ter escrito e publicado é que me apercebi dos meus erros.

Hoje vou focar-me numa conversa que tive com um amigo que de vez em quando faz-me reflectir na vida. Ele surpreendeu-me com uma pergunta: Se eu achava que era possível ter uma relação de amor que dure, um bom namoro, sem qualquer interesse para alem do companheirismo, amor e apoio que são pontos fulcrais numa relação verdadeira. Esta pergunta realmente fez-me reflectir, sobre a nossa sociedade, e que na realidade cada vez menos vemos uma relação verdadeira, com paixão e cumplicidade. Associada esta reflexão começo a pensar se vou encontrar o tal, aquele que me vai amar apesar de tudo, nos momentos maus e nos momentos bons, que me perdoe qualquer erro, e que me aplauda quando atingir o sucesso. Eu sei que é algo estúpido ter só 17 e já estar a pensar em algo que supostamente só deveria ocupar a minha mente mais lá para os 20 e muito, mas às vezes é bom reflectir sobre o que queremos na vida, e sim eu quero aquela relação perfeita, como aquelas que vemos nos filmes, em que vivem felizes para sempre.

( BTW a foto é completamente random, escolhi porque quero atingir isto numa relação)

Starting point

Decidi começar um blog, apesar de não ter muito jeito para a coisa. Tenho duas razões para começar este "diário" da minha vida:
1ª- sou uma pessoa recatada, que não gosta de extravasar sobre a sua vida, e neste momento necessito de um local para descarregar tudo que se passa pelo meu coração e pela minha mente.
2ª- quero melhorar a minha escrita, e vi nisto um possível processo de improvement.

Como hoje é o primeiro post, vou deixar aqui a minha incerteza relativamente à faculdade, que neste momento é o que mais me incomoda. Inscrevi-me em apenas 4 cursos, e começo a achar que devia ter preenchido todos os espaços. As escolhas já estavam a pairar na minha mente à um ano, por isso não foi esse difícil essa parte, mas agora que olho para trás compreendo que os cursos são recentes, que são apenas 30 vagas, e o que no ano passado a media foi baixa porque estes cursos ainda não eram conhecidos, neste momento temo que toda a gente veja estes cursos e se lembre de ir para eles, e eu que tenho esta paixão desde o 9º ano fique a ver navios durante um ano inteiro. Mas o meu cérebro faz-me raciocinar um pouco, tenho um média boa, e bastante acima da do último candidato que entrou o ano passado quer na primeira, quer na segunda fase. Bahh, vou-me deixar de pensar nisto, tenho de ir dormir. ( post bastante longo para o primeiro, mas estava a precisas de desabafar com alguém, e se fosse ter com a minha mãe ia ouvir o sermão das 6 opções, que já ouvi umas 5 vezes numa semana. MALDITA CONFIANÇA!)